domingo, 19 de maio de 2013

poema de Cesário Verde "De tarde"





Naquele piquenique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

 Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
  Este poema acontece num pic-nic no campo onde ele derrepente começa a avistar burguesas na primeira imagem podemos ver o campo, as burguesas aproximam-se e  fazem-no lembrar-se de  uma pintura de aguarela- ou sensação de cor.
Na segunda Imagem todas as ideias de que o poeta esqueceu o pic-nin por um bocado e se concentra na mulher que lhe provoca vários sentimentos e que é portadora de uma grande sensualidade.O poema mostra-nos essencialmente a beleza  daquela figura feminina; é esta mulher que vai provocando um turbilhão de ideias na cabeça do sujeito poético.
 















 










































Sem comentários:

Enviar um comentário